Seu objetivo principal é o de garantir, aos veículos oficialmente importados, tratamento isonômico ao dado às montadoras locais, além de mantê-los como ferramenta reguladora de mercado. Também cabe a ABEIFA representar seus associados em qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, bem como fora deles, para defesa dos seus interesses comuns.
O presidente eleito Fernando Collor de Mello assumiu o posto mais alto do Poder Executivo brasileiro no dia 15 de março de 1990. Dois dias antes, porém, no dia 13 de março, a então ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello anunciava o confisco da conta corrente, dos investimentos privativos e até da poupança, paralelamente ao anúncio do retorno da abertura do mercado nacional ao processo de globalização da economia mundial.
Um ano antes, ainda em 1989, vários empresários brasileiros – na certeza de que Collor venceria as eleições, procuraram as principais montadoras internacionais, nos Estados Unidos, na Europa e no Japão, em busca de representação oficial das marcas para o mercado brasileiro.
Foi assim que, em maio de 1990, surgiram as primeiras unidades de BMW. No segundo semestre, os primeiros veículos russos (Niva, Laika, Samara). Automóveis da categoria Premium e carros despojados como os Lada. Tudo porque o Brasil contava com apenas modelos da Fiat, Ford, General Motors e Volkswagen, além do utilitário Bandeirante, da Toyota.
Pouco mais de um ano após a reabertura do mercado brasileiro, em 31 de março de 1991, foi fundada a Abeiva, hoje Abeifa – Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, com quatro marcas filiadas: BMW, Citroën, Lada e Mitsubishi.
Quatro anos depois, em 1995, a Abeifa listava em seus quadros 30 marcas internacionais: Asia Motors, Audi, BMW, Bentley, Bugatti, Chrysler, Citroën, Daewoo, Daihatsu, Ferrari, FSO (não chegou a atuar), Honda, Hyundai, Jaguar, Kia Motors, Land Rover, Lada, Lamborghini, Lexus, Lotus, Mazda, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Nissan, Peugeot, Renault, Rolls Royce, Subaru, Toyota e Volvo.
Esse processo de abertura da economia abriu as portas para que algumas empresas que iniciaram suas atividades no País importando, com o tempo, tornassem-se fabricantes. Assim, em pouco mais de cinco anos, a indústria automobilística brasileira passava de quatro para quatorze montadoras. O papel do setor de importados, aliás, está fundamentado exatamente nesse processo de experimentação, primeiro do mercado, para depois instalar unidades fabris, fato que se repetiu com a segunda onda de “newcomers”.
Hoje, a Abeifa tem em seus quadros 15 marcas associadas: BMW, BYD, Caoa Chery, Ferrari, JAC Motors, Jaguar, Kia Motors, Lamborghini, Land Rover, Maserati, Mini, Porsche, Rolls Royce, Suzuki e Volvo.
Das atuais filiadas à entidade, diante de uma das alíquotas de importação mais elevadas do mundo, e das mudanças no câmbio, BMW, Caoa Chery, Mini, Land Rover e Suzuki decidiram instalar fábricas no País.
Mais uma vez, prova inequívoca de que o processo de importação é fator de contribuição ao desenvolvimento do Brasil, além de o setor – nesses 28 anos de participação no mercado nacional – ter sido sempre uma referência de tecnologia, design e de preços competitivos, capaz de revolucionar o mercado automotivo brasileiro, como tem feito nas últimas décadas.